Viagem de Moto pelo Alaska em 2009 com Roger Simas: Relato de uma Aventura Inesquecível

Diario de Bordo viagem ALASKA 2009

Dia 27/06

Chegamos no dia 27 sabado pela manha, Ricardo , Rohit e eu, veja que coincidência , todos com R e em San Francisco iremos encontrar o outro Ricardo, todos com R,!

Chegamos em L.A. as 6.30am, após imigração e tudo mais, 7.30am já chegamos no hotel. Todos ansiosos para ver as motos que estavam para chegar! Enfim, 10.30am estacionou um caminhão com as 3 motos, lindas………preparadas para encarar os 16.000km pela frente! Após assinarmos a papelada toda, a ansiedade era muita, todos queriam acelerar! Passamos o sábado dia 27 a tarde passeando por L.A., fomos a Beverly Hills ver aquelas casas de cinema, a Santa Mônica observar a arquitetura e os costumes locais, muito calor(30C), Malibu, Marina Del Rei, e finalizamos o dia com o Observatory, aquele lugar onde pode se ver toda L.A, sempre aparece nos filmes! Encerramos o dia com uma janta na rede Red Lobster e é claro muita cerveja! Vale salientar que a noite e principalmente a noite nunca pilotamos, sempre de táxi ou caminhando!!

Dia 28 domingo,

Primeiro dia na nossa expedição ao Alaska, 8am todos prontos para partir depois do café do hotel onde ficamos (sharaton LAX). Vários problemas aconteceram que provocou um enorme atraso na agenda! Faltou um parafuso na barra de sustentação do meu bauleto. Depois paramos para tirar fotos e o Ricardo deixou cair seus documentos, por sorte voltou e os encontrou no mesmo lugar onde caíram.

Enfim, deixamos L.A por volta de 10.30am, passando por Ventura, Oxnard, Thousand Oaks onde já morei em 2003. Seguimos rumo ao norte pela PCH ( Pacific Coast Highway) Paramos para almoçar na cidade do Michael Jackson- Santa Bárbara onde provamos o carangueijo de alto mar(gigante) Ali começou a esfriar, de 35C para 15C, vento gelado! Seguimos pela 1 PCH passando pela costa Californiana, muito linda!

Fomos parados pela policia apena s1 vez, quando o Rohit ultrapassou em faixa dupla, mas recebemos apenas um advertencia verbal! Chegamos na cidade de Carmel as 21hs, por se tratar de domingo, estava tudo fechado e fomos dormir com a barriga vazia! Que ótimo , assim consigo me segurar ! a comida por aqui é muito saborosa!

Dia 29, segunda feira

Amanhecemos em Carmel, linda cidade ma costa da Califórnia. Após um nice breakfast, tentamos atravessar a 17 miles drive, uma passagen por um condomínio muito bonito da região, mas infelizmente não permitem motocicletas. Assim sendo fomos pela PCH (pacific Coast Highway ) em direção a La Honda, onde encontrarimaos o Ricardo Cilento para prosseguirmos viagem. Agora somos 4 pilotando. Chegamos em San Francisco, a ultima grande cidade visitada, apartir de agora serão apenas pequenas cidades, pois o trajeto será pelo interior de tudo!

Após passarmos 5 horas em S.F, visitando a city de (cable car) bonde elétrico, rodamos 470km ate chegar em uma cidadezinha chamada BodegaBay. La cegando, já 20hs(ainda dia) encontramos um camping para montarmos as barracas pela primeira vez. Jantamos um Fish and Chips, (peixe com batatas fritas) , era só o que tinha , e fomos dormir!cansados com certeza!

Dia 30 terça-feira

Acordamos as 6am, pois era muito claro e era impossível dormir! Eu particularmente não consegui dormir bem pelo primeiro dia de desconforto total! Levantei bem mal humorado, mas vamos la………….esta apenas começando!!!

Passamos o dia na estrada, rodovia 1 PCH, um cenário de ficar na historia! Sempre acompanhando o mar, o pacifico com aquela formação rochosa típica da CA!!! Visitamos o parque das arvores gigantes(cecóia) e outros mais, la almoçamos uma espécie de cachorro quente (salsicha acompanhado de feijão com pimenta! Chegamos no destino já na divisa do estado do Oregon em uma aldeia indígena, aqui não tem imposto! Conseguimos achar um hotel que acomodou nos 4 em um quarto por um bom preço (U$100,00). Jantinha básica, bife e batata frita e todos 22.30 na cama roncando de cansados!!! Amanha 6am de pe!!! Hoje consegui ligar para casa, que saudades!!!!!!!!!!!!e ainda nem começou!!!!!!!!!esta parte vai doer!!!!

Dia 01 quarta-feira

6am acordamos, ao lado de fora rodeado de montanhas e com um ar realmente indígena de acordo com o lugar, todos os estabelecimentos são dirigidos por indígenas americanos, e funciona muito bem! Rápido café para variar, e seguimos adiante……Parada em uma casa de frutas, onde compramos um melão super doce, produção local, morangos que nem se compara com o do Brasil, pois é muito doce e não tem acidez alguma, emprestamos uma faca e foi aquele banquete de frutas!

Nas estradas muito se observa traillers e motohomes, alias, existem inúmeras lojas que negociam estes traillers, por todos os lados existem camping para eles, os chamados RV’s, as famílias americanas são vidradas neste negocio.

Outro detalhe interessante são as motocicletas tanto Harley como outras , todos se entendem bem, ao cruzar em sentido contrario, todos se comprimentam, um gesto movendo o braço esquerdo 30 graus, todos se respeitam, é incrível! Quando paramos percebemos a irmandade das motocicletas!

A estrada é toda coberta de Pinheiros de ambos os lados nas montanhas, e quando andamos na costa o visual é de tirar o fôlego!

Estávamos em Eureka, city, a procura de camping quando o Ricardo Rauen fez um retorno na rodovia e imediatamente apareceu um carro da policia do meio do nada, sorte que apenas deu uma chamada de atenção, sem multas!

Neste dia, o Rohit começou a se soltar mais, perdeu mais o medo nas curvas, afinal ele esta aprendendo agora, nesta viagem!

Paramos para almoçar em um restaurante mexicano em crescent city, como não procuramos muito, a comida foi horrível! Mas vamos la!

Atravessamos para o estado do oregon, sempre pela costa, muito bonito também, atravessamos todo o estado, ate a fronteiro com o estado de Washington, atravessamos a cidade de Astoria uma ponte muito grande e bonita! Decidimos continuar e acabamos esquecendo de abastecer pensando em outro posto próximo, quase ficamos sem combustível pois o próximo abastecimento so aconteceu a 150km dali , este dia foi a maior kilometragem, ficamos na cidade de Raimond. Hotel barato e sujo, mas tbm, no meio do nada com nada. Encontramos um Boteco aberto, jogamos uma sinuca, la encontramos uma senhora com uns 80 anos de idade jogando, e mole?!Dormimos sem energia, foi um dia intenso, com 433milhas!!

 

Dia 02 quinta feira

Acordamos em Raymond, e continuamos a atravessar o estado de washington sem muita coisa em especial para ver, apenas verde!

Chegamos ao Canadian board – Abbotsford, na imigração ate que não demorou muito, acho que 20 minutos no maximo.Almoço no Tacobell, Mexican food, e logo apos na proxima cidade fomos a Internet no starbuck café, afinal precisava colocar meus emails em dia.

Chegamos na cidade de Hope, encontramos um camping de primeira em termos de visual, poderíamos ver o topo das montanhas ainda com neve, ao lado um rio limpo e bem desenhado, perfeito! Compramos uma caixa de cerveja CANADIAN, 24 latas e ganhamos uma lata decorativa para por gelo de presente, pena que não podemos trazer por motivo do volume! A noite o Ricardo Cilento cantou uma opera italiana para nos e em voz bem alta(o q não faz a cerveja!) Anoiteceu as 21.45hs. Compramos feijão em lata, doritos e cerveja, que jantar!!

Rodamos 295 milhas.

Vale lembrar que nossas motos marcam as distancias tudo em milhas que tem a razão de 1,6 com Kilometros. E a temperatura em F e não em C, também para melhor entender é só diminuir 32 e dividir por 2, exemplo 92F= 92-32=60 / 2 = 30C.

Dia 03 sexta feira
Saímos do camping 8am para tomar café antes de iniciar a viagem. Naquele instante o Rohit ligou para casa e recebeu a noticia que havia esquecido de assinar autorização para seus filhos viajarem para USA com a mãe. Estávamos já organizando uma viagem de volta (2hs) para Vancuver no consulado brasileiro para resolver seu problema, quando conseguiu via cartório no brasil mesmo.

Acabamos saindo de Hope as 11am, neste dia não rendeu muito, foram paisagens beirando um rio o tempo todo. Depois passando por inúmeros lagos na beira da estrada, afinal o Canadá é cheio de lagos! Foi o dia todo com muito sol, 95F media, paramos diversas vezes para refrescar.

Chegamos na cidade de Willians Lake, bonita e organizada, desta vez um motel, por aqui os motéis são mais baratos e não tem a mesma conotação do brasil. Para nos e muito bbom pois as motos ficam estacionadas na porta do quarto, fácil para remover as bagagens e sempre reorganizar o espaço, que em viagens como esta, valem ouro! Não se pode companadense e motociclista a mais de 40 anos, nos deu excelentes dicas sobre a rota que nos aguarda, inclusive dicas das rodovias com gravel(pedrinhas), ou seja , as não pavimentadas, com lama e buracos no Alasca! Uau! O problema é que o Rohit não esta com BMW of road, esta com uma Kawasaki Concours, não acho que tenha boa performance na lama! Vamos ver!

Hoje por termos saído tarde de Hope, percorremos 245milhas apenas. Amanha vamos recuperar!

[b]Dia 04 sabado[/b]
Independence day nos EUA, pena que não estamos la, pois fazem uma grande festa nesta dia.

Acordamos como de praxe as 6am para deixar o hotel 6.30no maximo. O que demora mais tempo é re organizar todas as malas (bauletos) e os elásticos ao redor que prendem o saco de dormir, colchonete e barraca! Neste dia dei um chute no bauleto sem querer e quase quebrou meu dedo do pe, inchou na hora, a bota não entrou mais no pe, tive que continuar a viagem de tênis mesmo! Saímos de Willians Lake já quase 7am em direção a Kitwanga, abastecemos em Prince George e vamos que vamos……….

Passando por Red Rock cometi um erro em ultrapassar um caminhão meteu a mão na buzina!! Bem passou, por hora, logo a frente paramos para conferir os mapas, e adivinha! O caminhoneiro parou atrás de nos, dizendo que coloquei a vida de outros em risco, balblablabla, e pior, ligou para algum tipo de controle de trafico que eventualmente a policia nos pararia para multar ou sei la…………

Restaurante na cidade! Deve ter 2 no maximo!! é mano, é aqui mesmo!!!!!!!!! Almoçamos muito bem, e vamos la, passou o dia e nada aconteceu, a tarde chegou e nos na estrada, começou e esfriar , montanhas ainda com neve ao redor, paisagem magnífica, e continuamos subindo, ainda em British Columbia State cuja capital é Seattle, o próximo estado que esperamos alcançar amanha será Yukon, cuja capital White horse, e depois finalmente a divisa com o Alaska.

Chegados na cidade de ……………………nao tina nada, nem camping, achamos um motel caindo aos pedaços, e la ficamos…………… caminhão meteu a mão na buzina!! Bem passou, por hora, logo a frente paramos para conferir os mapas, e adivinha! O caminhoneiro parou atrás de nos, dizendo que coloquei a vida de outros em risco, balblablabla, e pior, ligou para algum tipo de controle de trafico que eventualmente a policia nos pararia para multar ou sei la…………

Restaurante na cidade! Deve ter 2 no maximo!! é mano, é aqui mesmo!!!!!!!!! Almoçamos muito bem, e vamos la, passou o dia e nada aconteceu, a tarde chegou e nos na estrada, começou e esfriar , montanhas ainda com neve ao redor, paisagem magnífica, e continuamos subindo, ainda em British Columbia State cuja capital é Vancouver, o próximo estado que esperamos alcançar amanha será Yukon, cuja capital White horse, e depois finalmente a divisa com o Alaska.

Chegados na cidade de ……………………nao tina nada, nem camping, achamos um motel caindo aos pedaços, e la ficamos………..mesmo sem comer ou beber aquela cerveja esperada, amanha entraremos em estrada perigosa, poucos postos para abastecer , pouquíssimas cidades e muita vida selvagem….

Dia 05 domingo

Acordamos as 5.30am pois hoje temos 800km pela frente, saímos de New Hazelton para tomarmos café da manha em kitwanga, onde abastecemos pois pela frente uma estrada deserta no meio do mato uma estrada quase toda pavimentada, onde veio o medo da moto do Rohit que esta mais para esportiva do que offroad. Depois de umas 120milhas passamos por Iskut para abastecer por sorte, depois mais 150milhas Dease Lake onde começamos a encontrar os animais selvagens, ursos, alces, viados a todo momento! O Fomos avisados para não parar fotografar ursos pois eles atacam sem pensar! Visitamos Good Hope e ao final do dia chegamos em Watson Lake com 495milhas percorridas. Após muita procura achamos um camping com água quente! Montamos a barraca ao lado de um casal de alemães, gente boa!

Como quase tudo estava fechado, nosso projeto de assar um salmão ou mesmo um sushi foi água abaixo! Fomos ao centro da cidade que deve haver umas 40 casas no maximo e encontramos so um lanche de hambúrguer feito por um escocês que nem luvas usava!! Well,well, a fome é maior! Mandamos ver! Como la não vendia cerveja, fomos a um posto de gasolina e compramos mais uma dúzia para tomarmos no camping. Quando observamos já era 22.30hs, mas em pleno sol do dia, todos dormiam no camping e nos?! Nem precisa dizer, falamos sobre a viagem ate anoitecer, que não foi cedo, vale lembrar sobre os mosquitos, nunca vi nada igual!!!!!!!!!!!!!!!sao muitos!!!.

Dia 06 – Segunda feira

Que noite!!! Mosquitos de todos os lados!! Não escureceu, ficou uma penumbra clara no céu o tempo todo!! Sem contar que o Rohit roncou a noite ou melhor o tempo todo, o camping inteiro escutou!!!

Para nos segunda, domingo ou qualquer outro dia, não nos faz diferença, todo dia temos que percorrer muitas milhas!!!!!!!!!!!!!!Apos 1 hora de estrada, paramos na cidade de Rancheria para café da manha, começo a me preocupar, pois todo dia ovos fritos, bacon, salsicha , pão frito, e depois o dia todo sentado na moto!! Não vai dar certo, preciso me exercitar , mas como?

Hoje percorremos dentro do estado de Yukon 250milhas, ate a capital que é White horse. Todos os hotéis muito caros, ficamos em uma espécie de albergue com viajantes de todo mundo(back packers) podíamos usar a cozinha e lavanderia por um preço muito bom, U$25 por cabeça! Eu e o Rohit fomos ao mercado (de moto) comprar hoje whisky e peixe para fazermos na churrasqueira do albergue(a gás).

Começamos a assar a carne e o peixe, logo todos se aproximaram, haviam diferentes nacionalidades de mochileiros, espanhol, austrália, inglaterra, irlanda, frança. Foi um bate papo muito legal, cada um falou um pouco de suas origens. Fomos dormir tarde, como sempre!O Cilento deu outro show com suas operas!

282 miles

Dia 07- terça feira

O Rohit acordou vomitando e com dor de cabeça, não consigo imaginar por que! O Rauen estava com cara de quem acabou de levantar após uma noite no Latitude! Vou poupar palavras sobre como me sinto! Levantei e fui verificar a lavanderia pois minhas roupas ficaram secando da noite anterior, tudo bleza, já não tenho mais nada sujo!

Compramos nosso café da manha em uma mercearia, queijo, bolacha, nescau, e um sanduba natural. Paramos no primeiro lugar para descanso na Alaska Highway e fizemos aquele pic-nic!

Seguimos adiante, sempre tirando fotos lindas, lagos com reflexo das montanhas, montanhas cobertas pela neve e a estrada quase deserta, difícil observar carros trafegando. Quando paramos para abastecer em um lugar próximo a uma juction(trevo) o Ricardo Cilento saiu na frente e acabou errando a entrada, perdeu-se do grupo por muitas milhas, ficamos muito preocupados, mas a ideia seria aguarda-lo no próximo posto de gasolina, afinal cedo ou tarde ele perceberia que estaria na estrada errada!

Seguimos viagem, preocupados e deixando recados nos postos onde paramos.

Chegamos na divisa entre Canadá e Alaska, tiramos aquela fotografia na placa de entrada e vamos la…………

O plano era ir para Tok, mas estavamos tão cansado, acabei derrubando a moto no posto e arranhando o bauleto, depois o Rohit esqueceu seu dinheiro U$600,00 em um dos postos de gasolina, para completar o Ricardo Rauen quebrou uma peça da moto, o paralama traseiro, mas emendamos por hora. Enfim, hoje foi um dia ruim, muitos acontecimentos. Decidimos parar na estrada em um camping com água quente, deixamos as motos na beira da estrada no caso do Cilento chegar. Agora estamos com 5 horas de diferença! Tomamos aquele banho, ai apareceu o Cilento, maravilha! Hoje será mais um daqueles dias em que a noite não vai ficar escuro!!! Hoje foram 400milhas!

Próximo a nossa barraca conhecemos o Thomas, um senhor de 75 anos que viaja por todo USA com sua harley com placas de veterano do exercito, tomamos algumas cervejas juntos e tiramos fotos com sua harley. Ex piloto da American Airlines e apaixonado pelo motociclismo.

Uma coisa que chamou atenção é que todos que falamos dizem a mesma frase, “whach out for the bears!” O Thomaz explicou que existem 2 tipos de ursos, os pretos e os marrons. Quando aparecer um urso marron, não se pode olhar nos olhos deles, pois entenderão que esta sendo uma ameaça, deve se fazer de morto, ele vem ate você quem sabe te toca e vai embora. O urso preto são os mais perigosos, se aparecerem, peque o que tiver na mão para lutar pois eles te comem mesmo! Imagine agora depois desta conversa dormir na barraca justamente no camping aberto que estávamos!!Mas não aconteceu nada, o Rohit roncou tanto a noite toda que os ursos não se aproximaram!!!!

Acordei 1am olhei para o céu, e o sol estava muito forte! Já estamos com 24hs de sol, é muito estranho!Dificil para dormir!

300 miles

Dia 08 quarta – feira

O roteiro de sempre, acorda embarca tudo nas motos, andamos por umas 2 horas e para para abastecer e tomar o café da manha. Neste dia o amortecedor central da minha moto estragou e começou a vazar óleo em quantidade. O pneu da moto do ricardo rauen simplesmente estava careca, diferentemente do meu, acreditamos que não estava devidamente calibrado. Ligamos para a agencia que nos alugou as motos, o qual indicou para fazermos o serviço nas motos em Fairbanks, a próxima cidade do Alaska. Agora seria preciso reduzir a velocidade ate mesmo pelo estado mecânico das motos. Nas ultimas retas que parecem não ter fim, eu e o Rohit sempre estamos na frente com uma velocidade de 180km/h pois não tem ninguém!! Já os Ricardos vem logo atrás pilotando com mais segurança e paciencia!

Chegamos em Fairbanks e deu um trabalhão para encontrar a revendedora da BMW para as revisões, mesmo com o GPS parecia que estava louco. Chegamos na concessionária para fazer as revisões que ficou marcada para o próximo dia. La encontramos vários motociclistas que estam vindo da cidade de Cold Foot e Dead Horse onde acaba o continente, na verdade já estamos a 5hs de vôo do japão! E mole?

Dizem que a estrada é muito difícil, vimos varias motos quebrada de acidentes, pois As motos andam pelas trilhas deixadas pelos caminhões, essa será a maior aventura, estamos trocando os pneus para o TKC que é próprio para terrenos como estes.

A noite(digo noite com sol) fomos jantar e cama, hoje em um motel próximo a concessionária pois no dia seguinte precisamos deixar as motos as 8.30 da manha para completar o trabalho e continuarmos viagem.

O Rohit recebeu noticias do trabalho que por força bem maior terá que pegar um vôo depois de amanha de volta para o Brasil.

294 miles

Dia 09 quinta – feira

Estávamos cedo na porta da concessionária …………………………

Após vários telefonemas para o Jack, sócio da empresa que nos alugou as motos, conseguimos chegar a um entendimento, pois queríamos trocar nossos pneus pelos modelos TKC que são para estradas difíceis, com muito ripel em espanhol e Gravel em inglês. Deixamos a concessionária já as 10am para conhecer a cidade de táxi.Andamos por todos os lugares, não tinha nada em especial, lugar pequeno e parado. Foi muito estranho passar o dia sem ter de rodar algumas milhas. Conversamos com varias pessoas que vieram do norte, prudhoebay, e todos dizem que somos corajosos em tentar chegar ate la de moto!Cada pessoa que conhece e fala sobre isto, eu fico mais preocupado!

O Rohit fez um acordo com o Ricardo Cilento para trocarem de moto, assim o Cilento fica com a Concours dele que é 1300cc e manda a moto do Cilento para Los Angeles, assim o Rohit pode ir embora amanha sem se preocupar com o retorno da mesma.

Voltamos para pegar as motos já as 5pm todas prontas e com os pneus especiais para trilha!!que vontade.

No final da tarde fomos ao mercado compramos alguns pedaços de salmão e carne para grelhar em uma grelha que compramos por U$ 17,00 e algumas cervejas. Preparamos tudo na porta do nosso hotel, não demorou muito para aparecer os vizinhos para nos acompanhar na nossa festa particular. O vizinho da esquerda um inglês que estava dando a volta ao mundo de moto e da direita pai e filho que fazem passeios de moto por todos os cantos dos EUA, todos muito gente boa!

Dia 10 – Sexta Feira

O Rohit deixou sua moto na concessionária e na volta providenciaríamos o envio da moto dele ou do Cilento para Califórnia, dirigiu-se para o aeroporto pois seu vôo sairia as 9am, e nós muito ansiosos pelo que esta por vir, seguimos adiante, deixando as malas no hotel e apenas levando o necessário, pois as estradas pela frente não seriam fáceis. No inicio, so alegria , paramos em um lugar chamado Hotspot onde uma senhora disse uma frase marcante…..(dont let us be the last face you have seen) ou seja , não morram nesta estrada!!!!!, conhecemos muita gente neste percurso, em cada parada historia diferentes , aqui conhecemos um inglês cientista que viajava com seus 2 filhos apenas, conversamos muito, tiraram muitas fotos nossas, como ele veio de Prudhoe Bay também disse que a estrada estava péssima! Depois paramos no Yukon River para abastecer e almoçar, estrada ainda boa apesar de ter acabado o asfalto milhas atrás, já estamos no saibro bem solto (loose gravel), o visual marcante, montanhas, rios, em uma serra ainda com muito gelo nas montanhas, lindo! A parada marcante foi no Circulo Polar Ártico, nunca pensei que um dia colocaria os pes aqui!! Foi marcante, tiramos inúmeras fotos pois é histórico nas nossas vidas! Já cansados chegamos em Coldfoot que somente tinha um centro de visitantes e um posto de gasolina com comida junto com um hotel, veja que são hotéis feitos em containers, e o preço U$200,00 por cabeça!! Ali acampamos pois ainda era de graça. Quando acabamos de montar as barracas, apareceu um cidadão interessante oferecendo sua casa para acamparmos pois era bem mais bonito. Pediu que o seguisse para mostrar sua casa e no nosso retorno de Prudhoe Bay ficaríamos la. O difícil é dormir com a luz do sol, la o sol brilha 24horas!!!o Que nos fez perceber que era noite foi o uivado de cachorros no mato que depois ficamos sabendo que não passava de coiotes!!!!!!!!!!!!!!!É mole??Para variar muito mosquito!O chão estava muito duro, acampamos em cima de pedregulhos e passava pelo colchonete! 261 miles

Dia 11 – Sábado

4am acordamos pois é muita claridade somado ao desconforto, 5.15 café e pronto, 6.30 na estarada cada qual com seu galão de gasolina extra pois não existe NADA entre coldfoot e prudhoe bay, logo começou a lama pois as vezes chovia um pouco ajudando a fazer muita lama. Em alguns trechos estava passando tratores para manter a estrada, isto deixa o solo fofo, horrível para motocicletas , as piores dificuldades que já enfrentei em terrenos como este. Encontramos em uma de nossas paradas um casal com um trailler que olhou para nossas motos e comentou como ainda estavam limpas, o pioe estava por vir!!! Muitos caminhões transitando trabalhando, por isto o melhor era manter o pneu da moto no trilho onde o ultimo caminhão deixou o rastro para não cair!Lembrei da aula que tive de motocross com meu cunhado Clovis, ajudou muito a entender algumas manobras e agir rapido com muito mais confiança. Não podia parar pois parecia que os milhares de mosquitos queriam nos comer vivos, são milhares deles, entram pela boca e orelha, insuportavel .Chegamos já em Prudhoe Bay, totalmente acabados, eu não tinha força nem para ir jantar, so queria saber mesmo onde era minha cama! 240 miles

Dia 12- Domingo

A saudade de casa ta grande!! Mas vamos em frente, o passeio estava marcado para as 9am mas deveríamos chegar com antecedência pois nosso passaporte seria checado. Tomamos aquele café, pois o restaurante daquela base era exatamente como militar, tudo a vontade e muito organizado, feito p ara trabalhadores que passam tempo trabalhando por la. Existe um programa oferecido pelas empresas de petróleo que remunera muito bem quem se propõe a trabalhar neste fim de mundo, o programa consiste em trabalhar 2 semanas e folgar as outras 2, com horário de 12 horas por 12 de descanso, em nenhuma parte de Prudhoe Bay se pode consumir bebidas alcolicas, tudo muito controlado, mas quem esta la trabalhando já esta preparado para isto tudo. Existe academias de esporte, hospital, enfim tudo para quem trabalha por la. Desde o embarque no avião da cidade de origem dos funcionários ate seu desembarque no mesmo aeroporto, o funcionário não poe a mão na carteira. Quando fizemos o check percebemos que poderíamos levar suprimentos extras para viagem do tipo leite, frutas e sanduíches, nem precisa falar, preparamos nosso almoço, ainda mais sabendo que nada tem pela frente ate ColdFoot! La também encontramos o Jack Alemão, incrível!

Fomos ate o local onde o ônibus nos levaria para conhecer o oceano ártico, após passar por uma segurança observando todos os passaportes e um filme sobre a historia de Prudhoe Bay, vale lembrar que é a maior refinaria de petróleo dos EUA e abastece 20% de todo o país. Vejam só o que a Rússia perdeu hein! O território do Alaska foi vendido pelos Russos aos Americanos por alguns poucos milhões de dólares na época, quem iria imaginar que terias petróleo!! Falando em Russia, para aqueles que ainda duvidam que o mundo é redondo, aqui esta a prova, estamos a poucas milhas do território da Rússia, é mole? O Passeio foi interessante, passamos a conhecer melhor sobre petróleo, chegando no mar somente o Rauen teve coragem de tirar os sapatos e por o pe na água! Muuuuuito gelada! Voltamos do passeio, check out e pé na estrada, já esperando o pior! Por sorte apareceu o sol com bastante intensidade, veio o calor e a estrada ficou bem mais seca, apesar que existem trechos que é depositado alguma química para manter sempre humido, retendo água para evitar muita poeira, isto é epessimo pois a lama permanece. O caminho Coldfoot, desta vez na casa do Mike. Nos recepcionou muito bem e nos permitiu fazer uma reportagem sobre sua vida, uma vez que nasceu ali mesmo, estes detalhes irão para o filme, deixo os detalhes para voceis assistirem depois, não percam!240 miles

Dia 13- segunda-feira

Acordamos 7am com uma grande dor de cabeça, agora entendemos porque o Mike só bebe Budweiser beer e não bebe a cerveja local, que dor de cabeça! Saímos da barraca para lavar o rosto e escovar os dentes no riacho ao lado, banho, nem pensar! Fomos ao único local da cidade gasolina e comida para comer algo como café da manha. La o buffet café começa as 5am e acaba as 8am, portanto tivemos que pedir do próprio cardapio que e bem mais caro. As 9am já estávamos rodando, as vezes eu meu capacete conversamos muito, hoje eu não paro de falar sobre a vontade de voltar para casa, hoje bateu uma saudade bem grande, tento evitar pensar para não ficar down………..A estrada cheio de pedras soltas, mas sem lama. Foi uma pilotagem diferente, agora usando técnicas de Paris/Dakar, nas curvas joga a moto uns 20graus para o mesmo lado da curva e o corpo para o lado contrario, sempre em marcha reduzida e acelerando para auto corrigem. Nos buracos grandes o melhor é ficar em pé para reduzir o impacto. Rodamos 250milhas com poucas paradas e poucas fotos pois já fizemos isto tudo quando em direção a Prudhoe Bay. Encontramos o colega (Jack o estripador, apelidamos o cara pois ele tem uma característica bem marcante com um sorriso nada normal!) como sempre dirigindo e filmando sozinho, sempre acenando para nos! Hoje meu Ipod começou a repetir as musicas do primeiro dia de viagem, imaginem que tenho mais de 5.000 musicas!!!Finalmente em Fairbanks, onde deixamos nossa bagagem. Fomos a um mercado próximo para fazer um lanche antes de dormir e voltamos para descansar, todos queriam ver emails e saber noticias e eu escrever este!

261miles

Dia 14- terça feira

Hoje passamos a manha toda na concessionária para resolver o transporte da moto kawasaki que o Rohit estava usando de volta para Califórnia, pois o Cilento resolveu continuar com a sua moto mesmo. Aproveitei para tentar concertar o meu GPS que quebrou o suporte devido as trepidações da estrada horrível e o paralamas que acabou quebrando também, mas não resolveu nada, saímos com a questão do transporte resolvido quando eram já 14hs. Fomos em direção ao sul do Alaska , exatamente igual ao trecho que chegamos, na verdade vamos seguir este mesmo caminho ate hoje, amanha devemos atravessar a fronteira e voltar para o Canadá. Hoje a estrada foi com muitas retas e deu para manter uma boa velocidade media de 130km/h, apesar de que ainda estamos com os pneus de off road portanto a motocicleta fica um pouco tremula no asfalto, acredito que iremos trocar os pneus em mais umas 1000 milhas, este gasta bem mais rápido. Acabamos rodando 291miles, paramos em um posto de gasolina com camping e chuveiro, comemos um sanduíche de BBQ e cama!Aqui consegui coneccao dentro da própria barraca, venta muito la fora, O Cilento foi fazer amizade com o pessoal do trailler aqui próximo, O Rauen pelo silencio deve estar lendo, senão estaria roncando(diz ele q não ronca!)A noite foi difícil, especialmente para mim que não conseguia dormir e não parava de pensar nos ursos, pois o camping era aberto, poderia aparecer um a qualquer momento!

Dia 15 – quarta feira

Como a noite não existe, acordamos 5.30am, ate coemecar a guardar tudo e estar na estrada demora quase 30min. Como esperado 6am estávamos na estrada, o tempo estava bem escuro e prometia chuva, logo chegamos na divisa com o Canadá novamente, ali começou a chover muito, muito mesmo, e o frio veio junto! Eu so pensava em voltar e estar dentro do meu saco de dormir quentinho, mas não tinha jeito, tinha que enfrentar mesmo. Passamos na imigração, geralmente nem precisa sair da moto, eles so verificam o passaporte, fazem algumas perguntas de praxe do tipo, esta trazendo armas, bebidas ou drogas etc..Ali tivemos que alterar o horário com 1 hora a menos e começar a calcular tudo em kilometros e celcius, sem contar que a moeda é outra somente dolar canadense. Logo que entramos no Canadá paramos no primeiro posto para abastecer e tomar o café da manha e reservar nossa passagem no ferry para a noite, quem sabe a chuva poderia diminuir. Nada adiantou, tomamos café, abastecemos e a chuva não ia embora, a solução foi encarar mesmo aquilo.Andamos muito com a chuva, nossas roupas são muito boas para não deixar entrar água, mas muitas horas a coisa começa a pegar! Alguma umidade começa a passar pela bota, as luvas ficam pesadas e vai dando frio!Depois de 2 horas a chuva passou, que alivio! Andamos ate o entroncamento que a esquerda continua na Alaska Highway e a direita vai para Haines, ali o Cilento continuou em direção a Whitehorse e eu e o Ricardo fomos conhecer Haines e depois Skagway via ferry. Marcamos de nos encontrar no dia seguinte.

A estrada que chega ate Haines é simplesmente maravilhosa, passa por uma serra bem alta no meio das montanhas geladas, fomos rodeando uma cadeia de montanhas com gelos que devem ser eternos, um visual inesquecível, estávamos na montanha mais alta, parecia que eu podia ler a placa”Welcome to the top”foi de arrepiar, acho que o visual mais lindo ate agora!Tiramos muitas fotos e filmamos tudo o que foi possível. Chegamos a outra fronteira , novamente com EUA,Alaska , como podem observar no mapa estamos no lado esquerdo do Alaska e ali diversas vezes os territórios se encontram, entramos na parte lateral esquerda (West) do Alaska, novamente muda o horario com -1 h , milhas e Farenh.Com mais 2 horas de estrada chegamos em Haines, pequena como todas por aqui, muita arte, la fazem passeios de hidroavião pelas montanhas, pena que não da tempo, temos que atravessar para Skagway logo mais tarde.Conhecemos bem o lugar e ate tomamos uma cerveja e umas frituras bem pesadas no bar bem típico cheio de fotos com caçadores e suas caças.A cidade é conhecida também pelos totens que os índios fazem ate hoje. Pegamos o Ferry 20.30hs parece mais um grande navio onde os carros estacionam na parte de baixo e as pessoas ficam nas poltronas em cima, tudo muito organizado. A parte West do Alaska no mapa parece que o mar avançou na terra e deixou vários canais, o barco foi por este canal muito largo onde encontramos vários navios-cruzeiro de todas as partes do mundo, também navegando por la. Foi onde conseguimos chegar mais perto da capital JUNEAU que so tem acesso de barco. O trajeto ate Skaway demorou 1 hora com um visual surpreendente, varias cachoeiras do degelo das montanhas, o branco no topo das montanhas misturavam-se com o verde da mata cerrada e a água era de tom azul escuro, perfeito!

Chegando na cidade quase 10hs,so haviam 2 hoteis, camping nem pensar, pegamos o primeiro hotel. Tudo estava fechado, e nos não havíamos jantado, tivemos que nos alimentar com cevada mesmo, ainda havia 1 bar aberto! Red Onion Saloon, este era o nome do bar, estilo velho oeste, fundado em 1898, ainda mantinha o piano daquele tempo e o estilo era exatamente como se vê nos filmes do velho oeste! Conhecemos uma personalidade por la, o nome não me recordo, mas deve ter uns 60 anos, bigodao branco e o cabelo mais ainda, trabalha um pouco em cada cidade, cozinhando e no inverno de papai noel!!! Conversamos bastante, foi bem relaxante dar gargalhadas com aquele sujeito! Parece que ficou tarde, que nada aqui a hora não passa, antes da 1am estávamos no hotel para dormir, cidade fantasma, tudo fechado e ninguém nas ruas!

Dia 16 Quinta- feira

Como estávamos pouco cansados, acordamos as 10am, saímos do hotel e que surpresa, as ruas lotadas de gente, o comercio funcionando a todo vapor, no trapiche um cruzeiro que despejou aquele monte de turista ali naquele centrinho. Fizemos algumas compras, de moto o que se pode comprar mesmo é so adesivos e besteirinhas que não faça volume! Skagway é uma cidade que foi mostrada no fantástico pelo Zeca Camargo não sei se lembram!Tomamos aquele café, já valendo pelo almoço, abastecemos e pe na estrada, logo começou a chover, mas desta vez foi so uma meia hora de água, depois apareceu o sol e com o vento ajudou a secar tudo.Passamos a fronteira mais uma vez, agora de volta para o Canadá, perdemos 1 hora e voltamos para os kilometros. O trajeto foi bem gratificante, curvas e um visual muito lindo. Hoje precisamos andar 700km ate encontrar o Cilento. Foi uma viagem boa, mantemos a media de 140/160km/h estrada boa e com pouquíssimos carros. Fomos em direção a Watson Lake repetindo um pouco do trajeto quando chegamos ao Alaska. É engraçada que agora pessoas que estão indo naquela direção nos perguntam sobre a face norte e podemos dar todas as informações, estradas , o q fazer, onde ir, afinal fomos ate o final do mapa!

Andamos muito este dia, poucas paradas, a ultima acabamos jantando, uma excelente refeição, roast beef, purê de batatas e legumes, seguida de uma torta quente de amoras com sorvete, alias o Canadá e famoso por suas apple, e berrys pies, são tortas excelentes, sempre servidas quente.A viagem sempre acompanhada de ursos na beira da estrada que hj nem paramos para fotos, já virou normal, o diferente é que hoje encontramos muitos búfalos selvagens na estrada também.

Já era quase 11pm quando chegamos em Liard hotsprings, o Cilento já estava preocupado conosco, deixou ate sua moto na rua para que pudéssemos encontra-lo no camping. Montamos as barracas e que surpresa sem palavras , hotsprings significa água quente natural!!!!!!!!!Fomos tomar banho meia noite nas piscinas naturais, quando digo naturais, no meio do mato mesmo com o fundo de pedras do rio a água tem quase 40C temperatura, muito quente, dói para entrar, a borda do rio e natural com mato mesmo e com placas para cuidar-se com os ursos. Imaginem so, aqui não fica escuro, esfria um pouco mais após as 10pm, nos na água com muita fumaça do calor e no meio da floresta!! Só nesta viagem mesmo, foi divino!!Fomos dormir anestesiados pela água com aquele cheiro de enxofre.

Dia 17 Sexta –feira

Foi uma manha diferente de todas, pois acordamos e fomos direto para os hotsprings, foi bem diferente mesmo, acordar tomando banho de água quente no meio de uma floresta! Deixamos o local já quase 9am, pé na estrada! Poucas paradas, so mesmo para abastecer e comer. Neste dia, fomos agraciados com a presença de muitos animais selvagens na estrada, Alces, viados, ursos como sempre e búfalos, parece que estavam acenando para nossa passagem, cruzamos por inúmeros vilarejos ate chegar o final da tarde, aqui pelos menos começa a anoitecer 11pm e amanhece 3am, estamos ainda no estado de British Columbia. Paramos em um posto de gasolina e conhecemos uma família de suíços que mudaram-se para este território, construíram o hotel e o posto e aqui vivem, se diferencial porque oferecem vôos em avião aquaplanador! Nesta parada acabei esquecendo de guardar a maquina fotográfica e andando caiu e se espatifou! Que pena, ainda bem que tenho salvo as fotos diariamente no leptop! Na verdade viajar de moto tem muita coisa que deve ser rotina, por exemplo, ao parar, tudo que se remove deve retornar dentro de um “checking list” luvas, capacete, óculos, fechar jaqueta, chave da moto, enfim, não de pode deixar nada em cima do bauleto traseiro, pois e ai que as coisas se perdem! E ai foi minha maquina de fotografias! A estrada estava em construção, muita poeira, quando passava um caminhão no sentido contrario fazia uma nuvem de fumaça que éramos obrigados a quase parar para poder enxergar, foi bem complicado, nossas roupas ficaram muita sujas, muito pó por todos os lados. Finalmente chegamos em Fort Nelson onde fomos dormir. Como sempre, posto de gasolina, hotel e lavanderia, desta vez fui obrigado a lavar tudo, pois o pó me deixou muito sujo! A noite frituras e cerveja para variar. O Cilento foi dormir mais cedo, eu e o Rauem tomamos algumas mais, suficiente para dormir muito bem!

Dia 18 – Sábado

Hoje, cansados das canadian beer de ontem, levantamos mais tarde. O Cilento resolveu sair na frente de novo. Hoje o percurso esperado era até Downson Creek, onde o Cilento tomará rumo diferente, em direção a Califórnia. Eu e o Rauem seguiremos em direção a Florida-Miami. Pegamos bastante chuva até downson creek, lá tiramos fotos no marco zero da Alaska Highway, despedida e vamos que vamos. O céu estava escuro, parecia que estávamos entrando em um corredor escuro com muitos relâmpagos, deu até um certo medo, mas, estamos aqui para enfrentar o que vier! Agora somente eu e o Ricardo, começou a chuva, tempestade, muito vento, as motos andavam quase deitadas, e muita água, ate que chegamos a um vilarejo e resolvemos parar para esperar um pouco aquela inundação passar. Foi muita sorte mesmo, porque logo começou a chover pedras de gelo, das grandes! Depois de quase 2 horas, quando acalmou um pouco, mesmo continuando a chuva, seguimos até a nossa meta do dia, que é a cidade de Grand Praire.

Chegamos na cidade muito cansados da pilotagem de hoje, ainda chovendo. Mesmo as roupas a prova de chuva, no meu caso, não resistiu, molhou tudo mesmo. Encontramos um hotel barato logo no inicio da cidade, quando fui abrir meu passaporte, observei que estava totalmente molhado, inclusive minha foto se foi! Só espero que não tenha problemas na fronteira, pois esta quase irreconhecível, a tinta dos carimbos manchou todo o resto do passaporte! Tudo aberto no quarto, saco de dormir, roupas e etc para secar para o próximo dia. Jantamos bem, um bar logo do outro lado da rua com um bife acebolado, purê de batatas e pão gratinado, dos deuses! Como toda cidade pequena, tudo fecha cedo!

Dia 19-Domingo

Não tem nada mais chato que acordar em um domingo pela manha, olhar para fora e ver que esta chovendo, e pior, tem que colocar as roupas úmidas e botas molhadas!!Eta experiência hein?! Saímos com chuva, gasolina e café do posto. Incrível como as pessoas nestas cidades pequenas não estão preparadas para receber turistas, e quando falamos que somos brasileiros, não acreditam. Aqui?Fazendo o que?no meio do nada com nada!!

Foi muito chão molhado pela frente, e com muitos raios e trovões, até fez me lembrar um episodio indo para Prudhoe Bay quando o Rauen carregava o botijão de gás do nosso fogareiro de camping e a coisa simplesmente explodiu nas costas dele, parecia um trovão com uma bola de fogo!Mas ninguém se machucou, apenas não se carrega este tipo de produto no sol e balançando!!

Já atravessamos o estado de Yukon, British Columbia e agora estamos no estado de Alberta.

Hoje o Ricardo estava com dor de cabeça, pelo jeito foi o dia todo com a banda tocando na cabeça! Apenas cumprimos o trajeto de Grande Praire ate a cidade de Edmonton, já no estado de Alberta, ate agora a maior cidade do Canadá já visitada, cerca de 1 milhao de pessoas. Entrar em cidades grandes para nos não é uma boa experiência, pois perde-se muito tempo para localizar-se e tudo é mais caro e difícil. Procuramos muito um hotel no centro da cidade, com sorte encontramos com preço razoável 120,00, com café, estacionamento e internet. Como ainda não havíamos almoçado, já 17hs foi só um banho rápido e saímos tirar algumas fotos e jantar. A cidade é realmente grande, tinha ate uma banda local tocando blues na praça. Fazia muito frio, imaginem no inverno por aqui? Hoje 21hs já estávamos descansando. Percorremos 280 milhas!

Dia 20- Segunda-feira

Novo dia, e o sol era o artista principal!Finalmente um dia sem chuva! Saímos com excelente humor, apesar da dor do Ricardo, que já não era mais cabeça e sim muscular no pescoço (idade não é fácil!!). Preparamos as motos e acabei descobrindo que perdi mais uns parafusos do bauleto traseiro, apenas coloquei mais fitas e extensores para que não caia! Afinal a moto deve durar por mais 12 dias!!

Foi uma viagem com muito vento, pilotamos quase o tempo todo com as motos quase deitadas……o vento era muito forte, exigiu muita força e equilíbrio. Nesta região não existem outdoors com propagandas, não sobreviveriam em pé! As propagandas são feitas em carrocerias de caminhão que não mais são usadas, ou mesmo containers.

Esta região me lembrou muito o norte do Paraná, com muita plantação, comercio de equipamento agrícolas muito fortes! Atravessamos para outro estado, desta vez estamos no estado Saskatchewan.

Paramos para abastecer em um posto em que o caixa tinha toda a característica de indiano e eu logo falei algumas palavras em hindi, as poucas que sei, nunca imaginei que o cara era Pakistanes!!! Ficou muito bravo! Quase deu encrenca, sai na hora certa!!Apos 230 zmilhas paramos para almoço, desta vez no Burger King! Beleza!Na mesma região compramos alguns medicamentos para o pescoço do Ricardo. A meta do dia seria a cidade de Saskatoon, mas acabamos passando e chegamos em um pequeno vilarejo chamado Dundurn, apenas um hotelzinho, lembrando que aqui tudo é motel. Jantamos no próprio salão do motel e fomos ao posto de gasolina compramos algumas cervejas. O motel era plano, as motos na porta do quarto, duas cadeiras na porta e assim passamos algumas horas para relaxar, contando historias e mais historias. Lembrando passagens do dia, como por exemplo a situação do bode da carroceria de uma picape em uma de nossas paradas que com o vento estava com medo e não se mexia!! Foi engraçado aquela cena, pois foi dado ênfase com o sotaque catarinense……olha o bodinho, tadinho , perdido com a ventania toda!!!!Quando se viaja assim tanto tempo , e passa tanto tempo dentro do capacete, da para sorrir bastante e até chorar as vezes, enfim, pensar bastante sobre a vida! Pensei ate em escrever um livro com esta experiência toda! Mas primeiro tenho que acabar minha monografia que ainda nem dei seqüência e devo acaba-la ate o mês próximo para a graduação!!!

350 milhas.

Dia 21- terça feira

Este dia é muito importante, afinal, deveria passar a fronteira para os EUA com meu passaporte arruinado, minha foto mesmo esta arruinada!Espero que possa passar sem problemas!

No caminho passamos por muita agricultura, plantação, vendas de equipamentos para agricultura, parecia o norte do Paraná em proporção gigantesca. Hoje a meta será chegar na cidade de Estevan, alias a pronuncia das cidades por aqui são todas proparoxítonas, assim fica fácil de falar e o povo entender.Passamos por Winburn e bem próximo da capital de Saskatchewan, Regina. Hoje passei o dia brincando de psicólogo, meu próprio psicólogo, o meu capacete. Conversamos muito, a acabei achando que foi muito positivo, e o melhor, não paguei nada!

Paramos para os lanchinhos nas abastecidas e mais uma conclusão……Os canadenses são muito acostumados com estrangeiros, pois a maioria da mão de obra é de fora…..de todos os lados do mundo prestando serviços.

Hoje conseguimos manter uma velocidade media de 150km/h, rendeu muito, mas a gasolina parece que vai embora!

Finalmente chegamos na imigração, o Ricardo foi na frente para facilitar o meu problema, mas não adiantou muito, pela primeira vez após varias fronteiras, pediram para descermos. Passamos por uma entrevista, a ultima coisa que se preocuparam foi minha fotografia e sim se estávamos carregando drogas etc…Quem sabe minha cara ajudou, afinal, a ultima vez que fiz a barba foi no Brasil já a algum tempo! Nos seguraram por quase 1 hora, mas no final deu tudo certo. Passamos da nossa meta hoje alguns kilometros, andamos 720 kilometros no total. Entramos no estado de North Dakota, acabamos dormindo na cidade de Harvey, um pouco antes de James Town. Amanha a meta será Sioux Falls. A temperatura já aumentou e a noite já fica escuro la pelas 22hs.

290 milhas rodadas!!!Ainda se recuperando da noite passada! Ontem a noite encontramos algumas figuras que deixou o Ricardo muito “bravo” eram americanos do tipo “red necks”que detonaram o Brasil e é claro foram incisivos ao dizer que dependemos deles, e que a nossa economia estava quebrada! Tive que segurar o Ricardo para não discutir e acabar dizendo algumas verdades que eles não gostariam de ouvir, com certeza! Ainda mais após algumas cervejas! Não iria dar certo! Passamos por algumas cidades no Tennessee, a qual realmente paramos foi Lynchburg, esta fomos obrigados a registrar no aqui no estado de Tennessee, pois é onde se encontra a destilaria do “Jack Daniels”!!! Aqui preciso falar mais sobre o “Jack”. Jack Daniel, um de 13 filhos, nasceu em 1850. Foi criado por um amigo da família até ser contratado para trabalhar com a família de Dan Call, quando tinha sete anos. Call, um pastor luterano, também era dono de um alambique de whiskey no Rio Louse. Conhecemos o Rio e exatamente de onde vem a água que faz o bourbom!!Durante os vários anos que se seguiram, Jack aprendeu tudo que pôde sobre a fabricação de whiskey com Call. Então, em 1863, Call vendeu a destilaria a Jack, que só tinha 13 anos na ocasião. Jack Daniel, como Dan Call, acreditava em amadurecer o whiskey novo através de carvão de bordo. Embora o processo fosse amplamente empregado, o tempo e as despesas envolvidos o tornavam menos popular entre os sovinas produtores de whiskey. Mas Mr. Jack achava que isso era essencial, assim, ele aperfeiçoou o processo de amadurecimento por carvão nos idos de 1866. Até hoje, é isso que dá ao Jack Daniel’s seu caráter suave e gosto único. Prevendo a taxação do governo, Mr. Jack registrou sua destilaria em 1866. Ele foi o primeiro a fazer isso. Criando a mais antiga destilaria registrada do país. Para marcar seu 21º aniversário, Jack foi às compras na cidade. Ele voltou usando uma casaca na altura do joelho e um chapéu de aba larga, que se tornariam seu uniforme diário para o resto da vida. Os que o conheciam afirmam que “uma vez que ele conseguia algo do jeito que queria, ele não o trocava nunca”. Essa era a personalidade que caracterizaria o seu whiskey. Em 1904, Mr. Jack inscreveu seu whiskey de dugustação do Tennessee Old No. 7 na Feira Mundial de St. Louis, Missouri. Entre os 20 whiskeys de todo o mundo, o dele recebeu a Medalha de Ouro da Feira Mundial e foi celebrado como o melhor whiskey do mundo. Por volta de 1905, Mr. Jack chegou cedo ao trabalho um dia e tentou abrir o cofre de seu escritório. Ele não conseguia lembrar a combinação e então chutou o cofre com raiva. No golpe, quebrou um dedo e uma infecção se instalou. Ele acabou morrendo de envenenamento do sangue em 1911. Como Jack Daniel nunca se casou nem teve filhos, ele deixou sua destilaria para um sobrinho muito trabalhador, Lem Motlow, que dirigiu a destilaria durante a Lei Seca. Quantos anos tem Mr. Jack? Um incêndio na cidade destruiu os registros do cartório e datas conflitantes nas lápides de Mr. Jack e de sua mãe deixam em dúvida a data exata de nascimento de Mr. Jack. A única certeza é de que foi no mês de setembro. Mas, de qualquer modo, para um ícone americano como Mr. Jack, um dia só não bastaria para celebrar sua vida.Esse era o cara!!!Fizemos o tour para conhecer os detalhes da produção do Jack e no final esperava-mos pelo menos uma dose para provar o famoso bourbon, mas não aconteceu, foi só uma limonada com gelo! Como disse meu amigo Jack, aqui fica uma frase marcante…………

EVERY DAY WE MAKE IT, WE’LL MAKE IT THE BEST WE CAN!

Continuamos até atravessar para o estado da Geórgia, mais algumas milhas, parando para abastecer, conhecemos um senhor ex combatente que esteve no Vietnã combatente, que mostrou o outro lado dos americanos, humilde, e chamando os “red necks” de ignorantes, mostrou que tem consciência de que os EUA tem grandes problemas e de que o Brasil não esta tão ruim assim!(será?)Chegamos em Atlanta já as 21hs, agora novamente 1 hora a menos, ou seja, 1h de diferença com o Brasil. A noite chega cada vez mais cedo e o calor aumenta! Fomos avisados no hotel para tirar tudo da motocicleta pois aqui é muito perigoso! Saímos para jantar com bastante cuidado, pois aqui as coisas são diferentes, muitos pedintes nas ruas, pode-se observar que não é uma cidade segura. Amanha o plano é atingir o oceano Atlântico, a costa oeste, east coast! Ainda não sabemos se vamos ate Savanna ou mesmo Jacksonville

Dia 27- segunda feira.

Saímos de Atlanta com o plano de finalmente atingir o oceano Atlântico. Muito calor, media de 40 graus, o capacete era uma sauna úmida! Andamos pela Rodovia 16 east, em direção a Savanna. Finalmente atingimos o Oceano Atlântico!!!Savanna é muito grande e bonita, passamos por fora do grande centro mas deu para perceber que é uma cidade grande, bonita e organizada. Ali iniciamos na ultima rodovia da viagem a 95 south. Almoçamos próximo a JacksonVille. Seguimos até o final do dia com 470 milhas!!foi bem rodado! Decidimos ficar em Daytona Beach, passamos pelo famoso autódromo de Daytona, onde acontece parte da corrida Nascar. Daytona é muito famosa também pelos encontros de motocicletas. Aqui se encontra a maior loja da Harley Davidson, segundo o povo local. Ficamos em um hotel da beira do mar com a idéia de tomar um banho no dia seguinte antes de seguirmos ate Miami. Ao lado do hotel havia um restaurante com excelente bar. No cardápio encontramos algo bem diferente, carne de jacaré, (Gator’s meat)!! Carne que lembra um pouco o frango, um pouco mais dura, mas bem saborosa. Tomamos algumas cervejas que foi servida em uma jarra, produção caseira, fomos dormir muitos cansados do longo dia pilotando, quente e cansativo! Não demorou muito para pegarmos no sono. Deixamos ate o calção de banho preparado para o mergulho!

Dia 28– terça feira

Acordamos com o bater da porta pela camareira que queria limpar o quarto, já eram 11hs! Perdemos o horário, o café da manha e a possibilidade de dar um mergulho naquele mar azul!Iniciamos a pilotagem ainda com o efeito da noite anterior. Muitos gatorades foram necessários para recuperar. As rodovias aqui na Florida são perfeitas como todas, mas aqui o pessoal anda bem rápido sem medo da policia. A velocidade na rodovia 95 south em média é 150km/h. Muito vento e muita turbulência provocada pelos carros, a moto andou tremendo o tempo todo.

Chegamos em Miami já no final do dia. Que visual? Miami é especial!Tem muita energia! Procuramos o hotel já reservado em south beach Miami ate descobrir que não havia garagem. Fomos obrigado a procurar outro hotel com estacionamento e assim fizemos. Agora precisamos descansar e aproveitar os dois dias férias, finalmente após 1 mês rodando vamos descansar na frente da praia por 2 dias inteiros antes do vôo para o Brasil de volta para casa! Conseguimos! 16.000km! O projeto Alaska foi realizado!

NOTAS

Foi uma viagem muito marcante na minha vida. Passei a me conhecer melhor fazendo minhas terapias diárias com meu capacete, culturalmente foi simplesmente um upgrade gigante! Oportunidade para descobrir os meus limites pilotando por todo este tempo e experimentando diferentes condições de terrenos em diferentes condições climáticas!

Gostaria de fazer aqui alguns agradecimentos especiais, ao Ricardo Rauen, que graças ao seu convite consegui fazer esta viagem que passou a ser meu sonho também, ao seu apoio e amizade. Esta já é minha segunda viagem, a primeira foi a Patagônia, também com o convite dele.Ao Ricardo Cilento que tomou outro caminho em direção a San Franciso, mas foi parceiro também, especialmente nas estradas difíceis do Alaska. Ao Rohit Khemani que as apostas no Brasil estavam com a probabilidade de durar menos de uma semana, mas durou 2!!(sabemos que foram os negócios que mudou seus planos!), bem como o churrasco que nos esperava na casa de amigos em Miami, veio ate aqui para nos recepcionar!

Agradecer a minha esposa Aline que teve paciência e ficou cuidando da nossa filha Victoria por estes 33 dias. A minha filha Gilmara que sempre manda uma mensagem bonita de incentivo. Ao meu amigo e sócio Valter Fishborn que ficou segurando a barra no escritório, bem como meu pai correndo entre SC e PR trabalhando e a Dani sempre firme! Enfim, agradecer a todos que acompanharam esta viagem desde o inicio através do meu diário.

Acredito que até o final deste ano faremos o lançamento do nosso filme “Alaska 2009” e em 2010 pretendo terminar meu primeiro livro com muitas passagens que ficaram no meu diário rabiscado!

>Acredito que até o final deste ano faremos o lançamento do nosso filme “Alaska 2009” e em 2010 pretendo terminar meu primeiro livro com muitas passagens que ficaram no meu diário rabiscado!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *